Ídolos

     A galeria dos Ídolos está classificada em três tipos: 1) Craque; 2) Ídolo e 3) Mito, onde Craque é aquele jogador ou personagem que contribuiu para com a imagem do Grêmio, onde sua técnica e/ou dedicação agregou valor ao clube e seu torcedor; Ídolo é aquele personagem que jogou ou atuou dentro do Grêmio, trouxe alegria, ergueu taças e honrou o Grêmio e sua torcida, contribuindo com técnica e/ou dedicação de tal maneira que sua passagem possa fundir sua própria imagem com a do clube e seu torcedor. Agora, Mito, é aquele sujeito que, além de técnica e/ou dedicação e mais do que fundir sua imagem, tenha amado o clube e seu torcedor, tenha apresentado mais valores do que títulos e taças e tenha sido capaz de ir além da imagem, onde acaba o indivíduo e surge a lenda.

Mitos:
Eurico Lara

Eurico Lara (24/01/1897-06/11/1935) natural de Uruguaiana (RS) goleiro, jogou no Grêmio entre 1920 e 1935. Tinha os apelidos de Craque Imortal e Calavera. Seu nome é cercado de lendas, mas - de todas, sabe-se que jogou, e ganhou, a decisão do Campeonato Gaúcho de 1935, chamado Taça Farroupilha, em função do Centenário da Guerra dos Farrapos, contra o rival, Inter, por 2x0, tuberculoso e doente terminal, fechou o gol com defesas impossíveis e, dias depois, veio a falecer no Hospital Beneficência Portuguesa. Seu funeral parou a capital. Eurico Lara está imortalizado no hino do clube, composto por Lupicínio Rodrigues em 1950. Também jogou na Seleção Brasileira.



Luíz Carvalho
Luíz Leão de Carvalho (01/11/1907-17/01/1985), conhecido pelos apelidos "Rei da Virada" e "El Maestro" jogou no Grêmio de 1920 a 1934 e de 1937 a 1939 e na Seleção Brasileira. É o 5º maior goleador da história do Grêmio, com 160 gols, e seu maior artilheiro em Grenais, com 17. Ganhou 12 títulos na década de 1920 e foi campeão carioca pelo Vasco da Gama (1934/36). Depois de jogador, foi treinador do Grêmio, dirigente e Presidente (1974/75). Seu nome batiza o Centro de Treinamentos do Clube no bairro Humaitá em homenagem. Várias histórias são contadas sobre Luíz Carvalho, mas virou lenda quando, após estar aposentado como jogador, foi assistir à partida entre Grêmio e Independiente (Argentina), no Fortim da Baixada (1940), na condição de sócio. O primeiro tempo terminou 1X0 para os argentinos e a torcida pediu para ele sair da arquibancada, fardar-se e jogar no segundo tempo. "El Maestro" fez um e pifou o outro, na vitória, de virada, por 2x1, escrevendo mais uma página de amor e mística na sua história dentro do clube.

Osvaldo Azzarini Rolla, o Foguinho, (13/09/1909-27/10/1996). Atacante, jogou quatorze anos no Grêmio, de 1928 a 1942. Num total de 250 partidas, marcou 110 gols e é o 10 artilheiro da história do clube. Também foi seu treinador entre 1955 e 1961 e em 1976. Ganhou nove títulos como treinador e dez como jogador. Jogou na Seleção Brasileira. Atribui-se à Osvaldo Rolla o que é conhecido no Brasil como "Escola Gaúcha", traduzindo uma forma de jogar muito peculiar como se faz no Rio Grande do Sul, como disciplina tática, "raça" e muito preparo físico. Após uma excursão do Grêmio à Europa, Foguinho prestou atenção na forma do europeu jogar, principalmente das seleções da Hungria e Alemanha, com preparo físico programado e aquecimento intenso antes das partidas. Esta forma de jogar influenciou a forma de atuar de todos os clubes gaúchos. Após aposentar-se, foi árbitro e cronista esportivo


Everaldo Marques da Silva (11/9/1944-27/10/1974) foi atleta do Grêmio, jogando como lateral esquerdo de 1957 a 1974. É o único atleta gaúcho que ganhou uma Copa do Mundo (1970, México) atuando por um clube do estado. Com estilo de jogo simples, jogando pelo Grêmio, conquistou três campeonatos gaúchos, 1966/67/68 e, além do tricampeonato em 1970, com seleção brasileira ganhou a Copa Rio Branco (67) e Copa Roca (71). Faleceu em um acidente automobilístico, em 1974. Em 30/7/1970, o Conselho Deliberativo do Grêmio, em sessão solene, perpetuou oficialmente a figura de Everaldo na história do Clube, dedicando ao atleta a famosa estrela dourada na bandeira. Na ocasião, o jogador recebeu também o título de Atleta Laureado. Recebeu o Troféu Belford Duarte (72) e foi Bola de Prata (Revista Placar) em 1970.

Renato Portaluppi (9/9/1962) chegou no Grêmio em 1980 e jogou até 1986. Voltou a jogar em 1993. Foi Bicampeão Gaúcho 85/86, Campeão da Libertadores da América e do Mundial de Clubes em 1983. No Mundial, marcou os dois gols da vitória sobre o Hamburgo (Alemanha) por 2x1. É considerado o maior jogador da historia do clube, onde, como treinador, também foi campeão da Taça Piratini (2011), Gaúcho (2018), da Copa do Brasil (2016) e da Libertadores (2017). É o único brasileiro a vencer a Libertadores como jogador e como treinador. Jogou a Copa do Mundo pela seleção brasileira em 1990. Ganhou prêmios como jogador e treinador. Como jogador: Melhor Jogador do Mundial de Clubes’83; 7º Melhor Jogador do Mundo (World Soccer)'1984; Melhor Jogador Sulamericano pelo jornal "El Mundo"/1984; 9º Melhor Jogador Sulamericano no Mundo pelo jornal "El Mundo"/1985; Bola de Ouro Revista Placar'1987; Bola de Prata Revista Placar'84-85-86-90-92-95. Como treinador: Melhor treinador da Copa Lilbertadores'2017; Prêmio Goal Brasil-Melhor Treinador'2017; Incluso na Lista de 50 Melhores Treinadores do Mundo em 2017 (Club World Ranking); 2° Melhor Treinador do Mundo em 2018 (Club World Ranking); Seleção do Campeonato Gaúcho (Melhor Técnico)’2018. É considerado Mito porque, no pior momento da história do Grêmio, no derradeiro jogo do rebaixamento em 1991, contra o Botafogo, no Rio de Janeiro, ele era atleta do clube carioca e recusou-se a jogar contra o Grêmio, tendo uma crise de choro por ver o seu clube do coração em má situação. Inúmeras vezes, Renato proclama e demonstra seu amor pelo Grêmio, até os dias de hoje, quando recusou propostas de grandes clubes brasileiros e estrangeiros, preferindo treinar o Grêmio.